quarta-feira, 9 de maio de 2012

Comida, stand-up, rock e afrobeat foram destaques da Virada Cultural


A oitava edição da Virada Cultural de São Paulo foi encerrada neste domingo (dia 6). O evento foi espalhado por 39 palcos/espaços na região central de São Paulo, além de 12 unidades do Sesc, Casa das Rosas, Centro Cultural SP, Centro de Cultura Judaica, Cinemateca, Cultura Inglesa, Museu da Casa Brasileira, Museu Brasileiro de Esculturas e CEUs.
Atrações de música, teatro, dança, cinema, stand-up comedy, luta livre e até gastronomia foram apreciadas por cerca de 4 milhões de pessoas (estimativa da Prefeitura de São Paulo).
Pela primeira vez, a Virada deu espaço para uma iniciativa gastronômica - a Chefs na Rua, com 22 cozinheiros. Mas a iniciativa ocorreu com problemas.Na madrugada de domingo, houve confusão envolvendo prato de galinhada do chef Alex Atala. Uma multidão tentava um lugar para conseguir um prato de galinhada. O secretário municipal da Cultura justificou o problema afirmando que "alta gastronomia nunca será um evento de massa".
Já durante todo o dia de domingo a parte gastronômica da Virada aconteceu sem tumulto. No Minhocão, as barracas atenderam perfeitamente o númeo de pessoas que comiam de cachorro-quente a ceviche e hambúrguer.

Em frente à catedral da Sé, foi montado o palco de stand-up. O local foi aberto no sábado por Tom Cavalcante. Recebeu bom público durante todo o evento. Um dos destaques foi Rafinha Bastos, recebido como estrela pelo público.
O principal palco do evento, na praça Júlio Prestes, foi dedicado ao afrobeat. Um dos principais nomes do gênero, o baterista nigeriano Tony Allen, proporcionou um dos bons momentos de todo o evento. Aos 71 anos, Allen fez um show dançante, ajudado por uma banda competente. Nem o som baixo atrapalhou a animação do público.
Depois de Allen, o palco recebeu Seun Kuti, filho de Fela Kuti, o criador do afrobeat. Seun reuniu público ainda maior do que o de Allen, mostrando que o gênero está em alta no Brasil.
Na madrugada de domingo, em palco na avenida São João, os veteranos Mutantes foam vistos por cerca de 50 mil pessoas, segndo estimativa dos organizadores do evento. Liderada por Sérgio Dias, a banda apresentou clássicos como "Balada do Louco" e "Panis et Circenses".
Na manhã de domingo, a Barão de Limeira foi tomada por fãs de hardcore, para a apresentação da banda Suicidal Tendencies. O público se animou tanto que, ainda no início do show, começou a invadir a área em frente ao palco, destinada a fotógrafos e convidados, para desespero dos seguranças. Em poucos minutos, já havia fãs sendo levados pelos braços e por cima das cabeças da multidão até a boca do palco.
Já no palco Cabaré, com performances de pole dance e strip tease, o destaque foi o show de Gretchen. A cantora foi ovacionada pelo público e ouviu gritos de "gostosa". Gretchen não se intimidou nem quando o CD riscado forçou a interrupção de uma música. "Nem o CD me aguentou. É muito bumbum pra ele".
Outro show bem animado foi o dos Titãs. O grupo tocou na íntegra o álbum "Cabeça Dinossauro" (1986) . "Estamos em casa", disse Paulo Miklos, aos berros. "Somos uma banda local, nascida dos esgotos dessa cidade maravilhosa." Após tocar o disco, o grupo voltou para o bis e tocaram, entre outras, "Nem Sempre Se Pode Ser Deus", "Aluga-se", "Televisão" e até a inédita "Fala Renata".
A Virada teve apreensões de bebida e uma pessoa morreu em decorrência de overdose. O ex-ministro Gilberto Gil encerrou a Virada Cultural com apresentação cheia de hits pop no palco Júlio Prestes.

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